Perto de chegar aos 200 jogos pelo Vasco, goleiro se diz disposto a aumentar marca de partidas seguidas e atingir outro patamar no clube
São 183 partidas disputadas com a camisa do Vasco e 133 de maneira consecutiva. Numa temporada em que a equipe disputou 75 jogos e chegou a brigar por títulos em três frentes, Fernando Prass não deixou de estar em campo uma só vez. E quando pensa num 2012 com disputa de Libertadores, aí mesmo o goleiro não pensa ficar fora. Ele garante que disposição e preparo não vão faltar para construir números ainda mais impressionantes em sua passagem por São Januário, que já dura três anos.
- Se eu puder escolher, vou jogar todas as partidas de novo. Claro que a decisão sobre isso cabe ao Cristóvão, ao Carlos Germano e ao Márcio. Na verdade, o desgaste maior de um goleiro é no treino, e não no jogo. É mais aquela questão da concetração, das viagens e de não haver problema físico. Se você estiver bem fisicamente, o cansaço do jogo é o de menos - destacou ele, que disputou todas as 75 partidas do Vasco no ano passado e que desfalcou a equipe pela última vez no jogo contra o Sousa (PB), em João Pessoa, pela primeira rodada da Copa do Brasil de 2010.
Fernando Prass em treino do Vasco em Atibaia: objetivo de atingir novas marcas pelo clube em 2012 |
Para Fernando Prass, um ídolo se constrói com tempo de casa, sequência de partidas disputadas e títulos conquistados. Desde 2009 no Vasco, o goleiro vem alcançando as metas. Mas sabe que precisa aumentar ainda mais suas marcas para chegar a ser uma referência do nível de alguns companheiros de clube.
- Na minha opinião, referências no Vasco são Carlos Germano, Felipe e Juninho. Se analisarmos o que eles ganharam, não dá para comparar. Acho que para ser um verdadeiro ídolo é preciso mais tempo de clube e mais títulos importantes conquistados. Às vezes o cara joga um ano ou seis meses no clube e é rotulado como ídolo. Essa denominação é algo muito forte e que precisa ser dada com cuidado - destacou.
No entanto, é inegável que Fernando Prass é hoje um dos principais nomes do Vasco, seja dentro de campo, nos bastidores – atuando como um dos líderes do grupo – e como um jogador querido pelos torcedores. Quando a delegação cruz-maltina chegou a Atibaia para a pré-temporada, o goleiro foi um dos mais assediados. Ele se diz honrado com o carinho, principalmente o infantil.
- Sinto que existe uma empatia especial em relação às crianças. Acho que é por ser goleiro, por estar toda hora pulando e se sujando. De repente, na cabeça delas estou fazendo bagunça. Além disso, o goleiro é o único que usa roupa diferente. Acho que isso também chama a atenção das crianças. Quando cheguei a Atibaia, vi que tinha três ou quatro meninos com a minha camisa. Mas, claro, isso também acontece porque venho fazendo bom trabalho dentro de campo e por ter sido o capitão na conquista da Copa do Brasil – o primeiro goleiro capitão em 113 anos de história do Vasco a levantar uma taça. Tudo isso somado à mística do goleiro atrai as crianças também - avaliou.
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